Professores da UFMS participam de documentário sobre homossexualidade, educação e trajetória profissional
Em tempos de disputas por visibilidade e reconhecimento político das questões de gênero e sexualidade no Brasil, o documentário “Eu não ando só”, dirigido por Mara Silvestre, com o apoio do Núcleo de Estudos Néstor Perlongher – Cidade, Geração e Sexualidade, doImpróprias – Grupo de Pesquisa em Gênero, Sexualidade e Diferenças e do Universo Dialógico – Grupo de Pesquisa em Diferença e Linguagem, tem a intenção de provocar reflexões e sensibilizar o público com a trajetória de 08 professores universitários. Em comum, eles têm a homossexualidade e o fato de serem docentes de diferentes campi da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
A trajetória de cada um deles é contada em depoimentos que dialogam sobre educação, política, afeto, discriminação, família, carreira, desejo, identidade e outros temas que compõem as diferentes experiências de vida desses professores. Eles são doutores em diferentes áreas do conhecimento, com formação em instituições de várias regiões do país e estão em diferentes momentos de suas carreiras:
– Aparecido Francisco dos Reis (Ciências Sociais – FACH) – Doutor em Serviço Social/ UNESP
– Alexandre Meira de Vasconcelos (Engenharia de Produção – FAENG) – Doutor em Engenharia de Produção/ UFSC
– Flávio Adriano Nantes Nunes (Letras – FAALC) Doutor em Letras/UNESP.
– Guilherme R. Passamani(Ciências Sociais – FACH) Doutor em Ciências Sociais/UNICAMP.
– Marcelo Victor da Rosa (Educação Física – FAED) Doutor em Educação/ UFMS.
– Miguel Rodrigues de Sousa Neto (História – CPAQ) Doutor em História/UFU
– Tiago Duque (Ciências Sociais – FACH) Doutor em Ciências Sociais/ UNICAMP
– Waldson Luciano Correa Diniz (História – CPAN) Doutor em História Econômica/ USP.
Os desafios em torno da visibilidade da homossexualidade ainda são grandes em nossa sociedade, a ponto de não ter sido encontrada nenhuma professora lésbica que trabalhe na UFMS para participar do documentário no final de 2016, quando o grupo de professores se reuniu e aceitou o desafio das gravações. Infelizmente, quando o assunto é travestilidade ou transexualidade o desafio é ainda maior, sem qualquer histórico de professoras/es trans na instituição.
O filme não pretende esgotar as possibilidades de representação em torno do gênero e da sexualidade, antes, iniciar um debate com toda a comunidade sobre identidade de gênero, sexualidade e carreira docente no ensino superior.
O lançamento de “Eu não ando só” será no dia 27 de fevereiro, às 19h, no Anfiteatro da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC), na UFMS – Cidade Universitária, em Campo Grande. A entrada é franca. A retirada de convites será uma hora antes da exibição. O espaço é para até 80 pessoas.
O documentário tem a duração de 42 minutos.
Direção e roteiro – Mara Silvestre
Direção de arte – Celso Arakaki.
Imagens – Valdir Araujo e Marcos Vareiro.
Montagem – Rafael Mareco
Finalização – Zegui.
Masterização – Emerson Roque.
Assistente de Produção – Diego Gonçalves Rodrigues.
Produção e realização Água comunicação e eventos.
Informações: nenp.ufms@gmail.com ou impróprias.ufms@gmail.com